terça-feira, 27 de janeiro de 2009

"O livro da criança"

"O livro da criança" nasceu um livro no blogue!
ESTOU A SATISFAZER ALGUNS PEDIDOS, COLOCAR TEXTOS MANUSCRITOS E DESENHOS DOS COLABORADORES AOS POUCOS E POUCOS!
Outros Blogues de livros do autor:
..............."Quelhas" autor povoense...............
Capa Frente
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Foto: Escola EB1 de Garfe - Póvoa de Lanhoso Imagenes para tu hi5 y myspace
Edição de autor: Histórias para crianças Textos Escolares Manuscritos Fotos & Pinturas Originais
EBi - Garfe, no plano da literatura escolar 4
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O livro da criança
Apresentação
Um livro é uma cultura artística, Que nos une mutuamente, Numa sociedade miserável, Que nos despreza…
João Carlos Veloso Gonçalves (Quelhas)
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“O sucesso que eventualmente despertem não passa dum simpático sucesso de estima e tudo se esfuma na lousa do tempo que voa. Os autores mais teimosos mas mais céticos, depressa se apercebem que livros sem leitores valem tanto, ou menos, que leitores sem livros.”
in Alírio do Vale – Dinis Arão – (novela), S. João de Rei, Edição Ave Rara, 2000, p. 009
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CORRECÇÃO ORTOGRÁFICA
Mais uma vez, é com prazer que teço algumas considerações acerca do autor e do livro. Direi que se trata de um cidadão preocupado com as “coisas”desta vida e deste nosso concelho em particular. É um cidadão interventivo, humanista, comprometido com a sociedade em que vive. O “Quelhas” é um homem bom, que muito dá de si. Quanto ao livro, não farei qualquer apreciação ao seu conteúdo, apenas registo com entusiasmo uma significativa evolução da sua escrita. A isso não será alheio o facto de o Autor ter regressado à escola, para completar o 9º Ano de escolaridade.
Como conterrâneo e amigo, continuo a desejar-lhe as maiores felicidades.
Prof. José Correlo
(Obrigado “Zé Correlo”, pela vontade e coragem da participação e da correcção ortográfica dos meus livros, este livro também é teu e dedico-o a ti e família de coração.)
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(Meu Parente escreveu para si e para desabafar a morte de um filho e…)
“Isto me fez concluir que se temos algo que possa ajudar o nosso semelhante não o devemos guardar somente para nós. Pelo contrário,devemos espalhá-lo, multiplicando-o para que muitos possam beneficiar com o talento que Deus nos entregou como se fosse um empréstimo, e por ele nos perguntará um dia: “O que fizeste com os dãos que te deipor empréstimo?” Não eram teus, eram meus, e tinhas por obrigação colocá-los ao serviço do teu próximo.”
in António Veloso, Sobreviver sem perder a esperança, Brasil, Editora Atheneu, 1998, p. 149
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ANÁLISE E CRÍTICA
João Carlos Veloso Gonçalves, é um autor com um pseudónimo clássico familiare artístico “Quelhas.” Na sua primeira obra literária intitulada “Inspiração do Compositor” já editada apresentou-nos diversas temáticas. Das quais referentes as problemáticas culturais e sociais, do nosso mundo actual em que vivemos. Nesta segunda obra literária intitulada “O Livro da Criança” o autor apresenta-nos novamente uma selectiva sequência de temas, e de, tempos remotos, dosquais alguns do seu conhecimento onde vem ao encontro da sua passagem pelotempo. “Quelhas” é um autor que apenas estudou até ao 6º ano de escolaridade. Mas quanto a mim, ele sabe muito mais, porque, tem uma cultura geral que se enquadra com facilidade seja qual for o tema. No livro da criança, o autor apresenta propostas para ajudar a incentivar o hábito de ler. Mas, como isto não lhe chegasse em certas alturas de tanto pensar e meditar no que se está aler, sentimos o desafio de também nós começarmos a escrever d’aquele tempo que já passou quando éramos criança. No incentivo o autor insiste na divulgação do livro. João Carlos Veloso Gonçalves, também contou com ajuda das suas filhas, em que elas aqui retratam, representam e escrevem experiências das suas vivências. Na verdade a fantasia é e será sempre das crianças, não importa o tempo em que vive, caso contrário o mundo não teria sentido em dar a vida humana a existência de tempo de ser inocente porque se é criança. O “Quelhas”andou por vários locais convivendo com crianças, apenas, para conhecer as suas histórias de vida. Nesta obra é possível o leitor tal como eu, ler algumas delas, porque aqui o sentimento é claro porque se é criança. Novamente o desejodo autor vai ao encontro para que estas crianças que hoje são cresçam em liberdade para que um dia tal como ele o recordem. O tempo de ser criança fica na mente por uma só razão, é que aprendemos com o crescimento a aperfeiçoar tudo o que queremos para depois. Ao chegar a idade maior, nos fique essa lembrança do que já fomos, ou porque queremos ser eternamente crianças. Quanto a mim acho que esta obra ficará na história, porque activa a lembrança desse tempo de ser criança. Ao autor, resta-me dar os parabéns porque nesta obra apresentas situações de vida que só se vive quando se é criança.
Domingos Manuel Sousa Ferreira
Escritor – Pintor Digital/Robótica
(Obrigado “Domingos Ferreira”, por seres o culpado de me lançar para o mundo da escrita, este livro também é teu, e dedico-o a ti e família de coração.)
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Um livro é um reconhecimento que fica aquém, E se revela no tempo que nunca chega, Se torna famoso depois da nossa partida para o além…
João Carlos Veloso Gonçalves (Quelhas)
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PREFÁCIO
Falar de alguém é sempre muito complexo. Contudo, sinto-me lisonjeada pelofacto da confiança que o autor deposita em mim, assim como da amizade quetemos vindo a construir de um tempo a esta parte. Lembro o João Carlos de alguns anos atrás, quando andava com o seu primeiro livro (“Inspiração do Compositor”) aos “tombos”. Ele procurou a “Poetisa de Arosa”, pediu-lhe opinião e, seguindo a minha humilde intenção, procurei ser lhe útil. Não sei se o fui, assim, como também não sei se o vou ser agora. No entanto, corro o risco e acrescento duas frases a este livro dizendo: Escrever não é fácil, escrever para crianças torna-se ainda mais exigente. Mesmo assim, o autor decidiu arriscar pondo a descoberto a sua alma decriança, a sua infantilidade. Bem hajas Carlos pela tua determinação, pela coragem, pelo ensejo e carinho com que te entregaste na produção desta obra. Que dizer do conteúdo?!... Não sei. E depois, que importa a minha opinião? Deixemos os pequenos leitores falar. Eles são os grandes mestres, é para elesque o Compositor escreve este livro. E ainda; penso ser de elevada importância deixar que as crianças façam a sua própria leitura, sem antes serem incentivados ou correrem o risco de se deixarem seduzir por umas palavras ditas ou escritas por um outro comentador todavia, posso acrescentar que o João Carlos é uma pessoa de coragem, determinado e persistente, caso contrário, não estaria já com o seu segundo livro editado. O entusiasmo com que sempre fala dos seus poemas, das suas coisas, são bem prova disso. Cumprimento-o e felicito-o pela ousadia, determinação em levar para diante e expor seus sonhos, os seus sentimentos, as suas fantasias, e com tudo isto proporcionar momentos de emoção aos que têm o privilégio de o saber ler. Bem hajas João Carlos pelo teu livro, “ O Livro da Criança” que, com certeza, irá fazer sonhar muitas crianças...! Deixo o meu abraço e votos de muito êxito. A amiga ao dispor:
Maria Amélia Fonseca Fernandes
“Escritora/Poetisa”
(Obrigada “Poetisa de Arosa”, pela amizade e pela boa vontade de estar presente neste projecto, este livro também é seu e dedico-o a si e família de coração.)
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Sem leitores, nenhum autor tem sucesso.
João Carlos Veloso Gonçalves (Quelhas)
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Incentivo:
O livro da criança foi feito a pensar em ti. Sim, em ti! E não em mim! Tu, que és uma criança ainda muito pequenina e ainda não sabes ler, espera pela idade de ir para a escola. Dá tempo ao tempo e verás que vais aprender a ler e escrever. Depois, aí sim, tu vais de certeza gostar de O livro da criança, o qual te ficará na lembrança. E tu também não ficas impune, pois já sabes ler, e com O livro dacriança também vais aprender. Pai e Mãe, para vocês também! Pensavam que me ia esquecer devos pedir para adquirir O livro da criança! Pois enganaram-se. Os seus rebentos têm que saber ler. Professores, vocês como ninguém devem incentivar os seus alunos a terem paixão pelos livros, ajudar à cultura da leitura, para mais tarde terem outra teoria e outra visão dos factos. Divulga O livro da criança! Bibliotecários, vereadores da cultura e da educação, não fiquem indiferentes. Coloquem nas vossas bibliotecas e escolas um livro. E porque não O livro da criança! Será uma esperança que se alcança no futuro próximo, e estaremos todos mais unidos pela leitura, pela cultura e pelo convívio.
João Carlos Veloso Gonçalves (Quelhas)
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As crianças são como os rebentos: Nascem, crescem e permanecem. Ficam lindos! Envelhecem e morrem…
João Carlos Veloso Gonçalves (Quelhas)
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“A fantasia é da criança que crê! Assim, o Mundo das crianças tinha graça! Ou não? Os filmes e os desenhos animados estão à sua mercê… Os palhaços e o Pai Natal não estariam no seu contexto, senão… Os Pais não dariam prendas, não as levavam aos eventos… Não achavam mesmo graça, nem riam da treta, então… Não acreditavam nos dinossauros, nem nos seus descobrimentos… Nem na sereia com corpo de peixe e de mulher… Nem na história da Carochinha e do João Ratão, sequer… Muito menos nas fantasias dos ilusionistas… Que sendo ao vivo nunca dão nas vistas…
Ser criança é ser belo! É pena elas crescerem, E deixarem de ser inocentes, Para um dia, quem sabe, Esmorecerem…
in, João Carlos Veloso Gonçalves, Inspiração do compositor, 2006, p. 6.
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Foto: Livro - Inspiração do Compositor
Livro do “Quelhas” na mão do escritor Domingos Ferreira, na festa da 2.ª edição – Cine Convívio “Fura”
“Hoje em dia, qualquer pessoa leiga faz um livro. A ti, criança, convido-te a escrever assim como nós, uns textos de histórias, sejam elas verdadeiras ou falsas. Quem sabe um dia não sejas mais famoso que qualquer um idiota…”
in João Carlos Veloso Gonçalves, Inspiração do Compositor, 2006, p. 240.
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Foto: Autor "Quelhas"
Apresentação
“Estou completamente apaixonado pela escrita.”
Olá, sou o Quelhas, nome artístico e também alcunha de avô paterno –Sargento Quelhas. Nasci na casa do Quelhas, a dezanove de Outubrode mil novecentos e sessenta e seis. Andei na escola primária/preparatória – TV até ao 6º Ano de escolaridade. Agora estou a tentar fazer o 9º Ano. Baptizei-me na igreja de Nossa Senhora da Goma, nafreguesia que me viu nascer, com o nome de João Carlos Veloso Gonçalves. Natural do lugar de Varzielas, da freguesia de Sobradelo da Goma, deste concelho de Póvoa de Lanhoso, distrito de Braga, no coração da província do Minho. Sou filho de gente humilde, de classe média, oriunda de: Sobradelo da Goma – Quelhas – por parte do Pai. Garfe – Cavalos e Serralheiros – por parte da Mãe. Quanto à minha ocupação, desde garoto foi muito vasta. Tive vários trabalhos: ajudante de trolha, cozinheiro, cabeleireiro, empregado fabril de materiais de betão, snack-bar, securita, motoristade confecção e embalagem, emigrante, vendedor ambulante por conta doutrem, e, sempre que mudava de trabalho, ia trabalhar temporariamente na construção civil, sem baixar os braços.
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E, por último, estabeleci-me por conta própria e montei uma loja como nome de: Inovalar – Loja dos Enxovais. Contudo, em dez anos tivesete empregos. E nesta última profissão, até à data, são dezasseis anos consecutivos, excepto a farsa escondida de jornalista/escritor/artistaplástico…Agora, e depois de fazer o meu primeiro livro que nunca o pensara –“Inspiração do Compositor” –, eu atribuo a culpa ao meu amigo escritor/pintor digital em robótica – Domingos Ferreira. A partir daí, e com o sucesso da venda/promoção do livro com versos/poemas de vida, prosa/críticas/vivências e outros, apaixonei-me completamente pela escrita variada, mandando notícias, comentários, poemas em prosa/verso, para jornais locais: Maria da Fonte – Castelo de Lanhoso – Terras de Lanhoso – Gazeta Lusófona – Sites na Internet e outros. Agora, com este livro totalmente diferente do primeiro, espero surpreender. Esperem pelas próximas novidades!Por isso, me propus a fazer este livro infantil: para agradar ainda mais às crianças e público em geral! Crianças essas desde a faixa etária adolescente/jovem/adulto. O livro da criança vem ao encontro de todas as perspectivas e direcções– sensibilizar as crianças a ler/escrever na sua infância, nas bibliotecas escolares/municipais/instituições – e lutar como na minha primeira edição de autor, pedir a colaboração às pessoas mais sensíveis e amigos,vencer o medo! Pôr em prática a escrita guardada em rascunhos manuscritos, nagaveta, cheios de pó. Ter iniciativas, fazer «tournées» pelas escolas/infantários e casas culturais. Sentir o povo, unir culturas, fazer sessões de leitura, exposições colectivas que envolvam diferentes sensibilidades de arte, como a pintura NAIF, aguarelas, óleo, carvão e robótica, trabalhos em artesanato, fotografia, som de teclado, concertina e outros. Ser eu, um “simplolas”, dizendo entre piadas algumas asneiras. Lutar por uma causa – A vontade de vencer sempre, sempre e sempre…
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O livro da criança
Selva longínqua
“Um dia quando morrer,hei-de dar a vez a uma criança nascer…”
in João Carlos Veloso Gonçalves, Inspiração do Compositor, 2006, p. 1.
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Desenho:
Aldeia no campo, 1989 “Quelhas” (pintura a lápis de cor e cera)
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Foto: Pinheiral
Selva longínqua…
Os três macacos deram-se bem com um novo estilo de vida. O pai Jota, a mãe Ju e o filho Kito viviam na selva longínqua, onde havia fruta, muita fruta. Fruta à “fartazana”, que nunca mais acabaria, nem de Primavera, nem de Verão, nem de Outono e nem de Inverno. A dieta deles era pinhões dos grandes pinheirais, frutas, grama, raízes, sementes, ovos, insectos, pássaros, pequenos antílopes e, algumas vezes, macacos pequenos de outra espécie. Para além desta abundância toda, havia também grandes pantanais com lagoas e riachos de água límpida. Portanto, com estas regalias todas, nem se preocupavam em trabalhar. Só comiam, brincavam e dormiam. Esta selva era dominada só pormacacos: gorilas, babuínos, chimpanzés, orango tangos, gibãos, tárcios, lóris, potos, galagos e outros tantos macacos e répteis,
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Foto: Ouriços
pequenos animais selvagens, aves de rapina e pequenas aves que cantarolavam e alegravam a selva. Estes três macacos eram da raça dos gorilas. As pessoas também têm raça: os brancos, os negros, os vermelhos e os amarelos – espalhados pelos cinco continentes do Mundo (África, Europa, Ásia, Oceânia e América, pois no Antárctico não há vida. Estes gorilas eram todos bem gordinhos e rechonchudos, pois a vida permitia-lhes tal virtude. O pai era o rei dos macacos, a mãe era a rainha e o filho era privilegiado dos pequenos macacos, pelo facto de ser filho do rei, embora ele não se sentisse como tal, pois não tinha mania da grandeza, era um “simplório”. Todos os dias,ao alvorecer, estes macacos iam em correria para o riacho da sua selva tomar banho e desfrutar de uma bela golada de água fresca, límpida e transparente, para o seu bem-estar e ritmo desaúde. Atiravam água uns aos outros, como se fossem pessoas em tempo de férias. Estes movimentos eram momentos cruciais para a sua saúde. Para além da sua higiene pessoal, faziam ginástica que, de certo modo, lhes fazia bem para as articulações dos membros inferiores e superiores, para reduzir a obesidade e ter
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Foto: Laranjas
um colesterol baixo. Contudo, só se dirigiam para almoçar após terem um bichinho de fome na barriga. Não interessava de todo o horário, e sempre para lá do meio-dia, quer chovesse ou fizesse sol, ou até mesmo ventasse. Assim sucessivamente, todos os dias. Agora perguntas: como eles sabiam as horas? Os animais, talcomo as pessoas nos tempos primitivos, regulam-se pelo Sol. Sejacomo for, os macacos nunca, mesmo nunca, se enganam no horárioda refeição, nem do seu malabarismo ou da sua brincadeira. O rei Jota, como era bastante pesado e porque tinha ali a refeição àespera dele a toda a hora, lambuzava-se com os cocos que estavam ali no chão. Não pensem que eram cocos podres! Eram cocos bons e frescos, cheios de açúcar natural, ou seja, bem amadurecidos. Mas havia um segredo para ele ter ali aqueles deliciosos cocos. O Kito era ágil e, quando o rei dos macacos, seu pai, chegasse ao local, no monte mais alto da selva, o seu filho já estava lá em cima a abanar os canos das árvores de grande porte e a mãe na parte inferior do tronco mais grosso. Depois dos cocos vinham os amendoins, as bananas, os pistaches, as nozes eos pinhões. Para uma dieta mais equilibrada comiam erva todos
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Foto: Maçãs verdes
os dias e caçavam um coelho, uma galinhola, uma perdiz, um rato e um outro animal ou ave de pequena dimensão. A vida destes gorilas era perfeita, só comiam, brincavam e dormiam. Comiam o que a natureza mãe lhes dava, e o trabalho era apenas por acréscimo. Caçar algo e subir as árvores era outro dos exercícios que faziam, para além das brincadeiras na água do riacho. Levantavam bem cedinho, de madrugada, mesmo antes do nascer do sol. Passavam toda a manhã a brincar, toda a tarde a caçar, a subir árvores e a comer. Só ao pôr-do-sol é que vão deitar. O Jota dorme junto ao tronco da árvore mais grossa e mais alta da selva, a Ju no primeiro tronco e o Kito nos canos mais frágeis da árvore. Descansavam e dormiam intensamente, sonhando que quando amanhecesse era outro dia, e sempre a mesma coisa, dia após dia,ano após ano. Toda a comunidade ali existente conhecia bem a famíliados gorilas, não fossem eles os reis daquela zona. Sabiam os usos e costumes do dia-a-dia do Jota, Ju e Kito. Como disse, a vida desta família era sempre, sempre igual. Atéque um dia, depois de desfrutarem de tantas outras manhãs e tardes agradáveis, e de se lambuzarem com vários alimentos, e
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Foto: Limões
de uma noite igual a tantas outras, de sono e sonhos, o Jota, reimacaco, teve um pesadelo - “primeiro, os outros macacos queriam tomar-lhe o lugar, depois os pequenos animais e aves ficaram todos contra a família”. E, sonhando a noite toda, em várias noites sucessivas, durante esses dias seguintes, tudo lhe parecia diferente. Dava-lhe a sensação que olhavam para ele e para a sua família de canto e com ódio, mas era só impressão. O rei nada contou à esposa e muito menos ao filho. O certo é que estava a dar em doido ou talvez estivesse a ficar cheio daquela vida. Um certo dia, a Ju, sua mulher, verificou que os usos e costumes do marido estavam a mudar, e comentou com o filho. Mas o Kito não teria dado por isso e, a partir dali, começaram aprestar atenção. Imediatamente se aperceberam que, de facto, algo se passava com o herói da selva. Após uma semana, a rainha reuniu com o marido e seu único filho para tentar saber o que se passava com o Jota. Aproveitaram uma noite linda de luar e com estrelas a brilhar, e conversaram mutuamente, até que o Jota perguntou a que se devia aquela reunião nocturna. A Ju olhou para o Kito com olhos comprometedores.
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Foto: Maçãs vermelhas
– Que raio se passa aqui? – pergunta o Jota. O Kito, seu filho, ganhou coragem e perguntou-lhe o que é que ele tinha, porque estava a mudar os seus comportamentos, porque grunhia intensamente e gritava de noite.– Pesadelos! - respondeu. São pesadelos que venho tendo durante a noite, noites de insónias, noites que nunca acabam e me perturbavam para o dia inteiro. Até tenho perdido peso por me alimentar mal, pensando que ninguém gosta de mim naquela selva.– Não, não é verdade – diz o Kito. Ju tem a mesma convicção. Já ia para lá da meia-noite quando terminaram a conversa e foram dormir, o pai no pé do tronco da árvore mais alta da floresta, a mãe no primeiro tronco e o filho no topo dos canos da árvore. Nessa mesma noite, o rei não sonhou eteve um dia radiante de alegria. A mulher e o seu filho ficaram contentes. Mas só foi essa noite e esse dia, porque nos dias seguintes continuou a ter pesadelos. Então, começou a pensarem tomar outro rumo de vida; vida diferente daquela vida fácil que vinha a ter e que não o estava a fazer feliz. Ponderou, então, a hipótese de ir viver para a aldeia, ou seja, para perto das casas
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Foto: Abóboras
da aldeia, na ponta da selva longínqua. Do pensamento ao acto foi um ápice. Comunicou à família, e estes aceitaram. O rei Jota sabia que ia mudar de rumo e ter algumas dificuldades na vida do futuro, mas não se intimidava. Dias depois, partiram os três, de madrugada, antes do nascer dosol e sem ninguém saber. Os babuínos, os chimpanzés e os outros restantes animais daquela selva só deram por ela ao nascer do sol. Um mês depois, a família de gorilas chegou à aldeia mais próxima e conheceu novos animais, animais domésticos: as vacas,os burros, os cães, os patos, as galinhas, as pombas, os porcos e outros mais, incluindo os humanos. Verificaram que esses animais viviam entre as pessoas e, por esse motivo, iriam também adaptar-se mais facilmente à nova morada; morada que pertencia à selva, mas no longínquo das grandes árvores, onde só viviam animais selvagens e onde havia grandes ribeiros e muitos alimentos. Só que aqui na aldeia havia poucos alimentos, eram escassos. Na verdade, havia fruta todo o ano, só que em menos quantidade. Na Primavera, tudo verdejava e começava a haver as abóboras que, depois de colhidas, duravam todo o ano. As nêsperas, cerejas,
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Foto: Diospiros
morangueiros e tremoceiros. No Verão, ameixas, pêssegos, abacaxis, figos, kiwis e peras. No Outono, marmelos, nozes, castanhas, diospiros, romãs, uvas, maçãs, avelãs e azeitonas. No Inverno, laranjas e tangerinas. Pela altura do S. Miguel, nos finais de Setembro, faz-se adesfolhada do milho, milho rei e centeio. Os pés de milho são cortados com uma foicinha, pois, nessa altura, os alimentos quase escasseiam. O certo é que esta família de gorilas era habitante de um local específico de planícies e montanhas com árvores de grande porte. Por isso, ia custar-lhes a habituarem-se à nova morada, junto das casas e de animais domésticos. Mas, como é de livre vontade, só o tempo o dirá! Estes animais são os maiores primatas actuais, podem chegar à altura de dois metros quando ficam em pé e pesam em média mais que um humano. Quanto à longevidade, isto é, no que diz respeito à idade, estes animais ficam-se pela metade da idade de um humano. Estes grandes macacos, pelo menos quando chegam à idade de adultos e acompanhados dos seus filhotes, são parecidos com os humanos. Têm semelhanças múltiplas, tanto nas brincadeiras como na
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Foto: Kiwis
alimentação e sexo. Comem, brincam e defendem-se juntos. Se estes macacos vivessem em casas como as pessoas e aprendessema cozinhar, talvez tivessem a mesma alimentação que nós, um avez que são carnívoros e herbívoros. Isto unicamente porque viviam na selva longínqua, mas agora estão perto das casas da aldeia, na ponta da selva, da mesma selva longínqua. Agora, coma nova morada, tudo vai ser diferente para estes mamíferos semeira nem beira, pois foi assim que eles se tornaram. Têm que mudar os hábitos. Mas, como digo, o tempo é que dirá. Estiveram tempos sem um habitar fixo, mas felizes, até parecia que estavama gozar férias, de lado para lado, junto das casas da aldeia e sem se afastarem. Tomavam banho logo de madrugada na piscina da casa de férias de um ricaço, pois não estava lá ninguém. Na hora do almoço iam roubar laranjas, abóboras e kiwis ao lavrador da quinta mais próxima, e caçavam de vez em quando um rato, uma toupeira, um coelho bravo ou uma perdiz. Também iam ao caixote do lixo buscar alimentos cozinhados: uns ossos com arroz ou massa, umas batatas cozidas ou fritas, etc.
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Foto: Javali
Uma galinha ou um coelho mortos por doença, quando não iam à caça de animais domésticos vivos. Um certo dia, esta família encontrou uma corte abandonada, pertoda aldeia. Essa corte era de cavalos, cavalos sem eira nem beira, que galopavam pelos montes fora, semelhantes aos macacos. Nessa corte já lá vivia um porquinho bravo, também ele vindo da selva longínqua, dentro da barriga de sua mãe, que entretanto voltou de férias para a mesma selva longínqua, perto donde veio esta família de gorilas. Apoderaram-se! Fizeram da casota abandonada a sua casa de habitação, juntamente com o outro animal bravo, o porquito que nasceu na aldeia. Já dormiam mais aconchegados, mais unidos que nunca, nem estavam a estranhar a nova morada longe da selva longínqua. Os cavalos, esses não incomodavam muito, só iam lá dormir de vez em quando.
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Foto: Porco macho
O porquito bravo, os cavalos sem eira nem beira, assim como os macacos ficaram amigos deste porco da aldeia, que andava soltoa comer bolotas no exterior da corte. Os grandes primatas começaram bem cedo a partilhar a sua vida com novos amigos, amigos domésticos: os cavalos meio mansos e meio bravos, o porquito bravo e aves mansas e bravas. Na aldeia era tudo bem mais diferente, mais divertido. As pessoas levantavam-se e deitavam-se tarde, ao contrário dos macacos. As crianças iam para a escola, umas a pé outras de automóvel. Também tinham horas certas de tomar o pequeno-almoço, almoço, merenda e jantar. Depois de qualquer refeição tinham o hábitode tomar café e até de fazer uma sesta (dormir uns minutos). Agora, os três macacos da família dos gorilas – o pai Jota, a mãe Ju e ofilho Kito – habituaram-se ao novo estilo de vida na aldeia, longe da selva longínqua.
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Foto: Pomba de leque
Na tal selva longínqua, o pai era o rei dos macacos, a mãe era a rainha e o filho era o privilegiado dos pequenos macacos pelofacto de ser filho do rei, embora ele não se sentisse como tal, pois não tinha mania da grandeza, era um “simplório”. Só que aqui na aldeia não havia reis, eram todos os animais e pessoas respeitados, cada um no seu lugar. Só assim havia liberdade. Por isso, a humilde casota dava para todos os animais que quisessem partilhar. Nesse sentido, a pomba de leque foi fazer o seu ninho no telhado da corte onde vivia o porco manso da aldeia e onde se alojaram o porquito bravo, os cavalos sem eira nem beira e os macacos gorilas. Esta pomba partilhou, na época de acasalamento, os beirais da corte com as andorinhas e com o carriço. Tudo isto por terem liberdade, liberdade de viver. A vida destes gorilas era perfeita: só brincavam, comiam e dormiam. Comiam o que a natureza mãe lhes dava:
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Foto: macaquito domésticado
a fruta das árvores da quinta que circundavam e alguns alimentos que surgiam por acaso. Caçar e subir às árvores mais baixas da aldeia eram outros dos exercícios que faziam, para além das brincadeiras na água da piscina do vizinho. O trabalho, esse, era apenas por acréscimo. Um certo dia, a mãe Ju começou a ter tonturas e enjoos, até que o pai Jota pensou voltar para a selva longínqua, pensando que a sua parceira estava doente. Mas, o filho Kito não aceitou e ia atrasando a partida. Os meses decorriam e a Ju apercebeu-se que andava prenhe (grávida). Quando disse ao companheiro e ao filho, explodiram de alegria. O Kito correu pela aldeia a manifestar-se do caso e o pai desistiu de voltar para a selva. Quando a Ju acabou o tempo de gravidez, pariu (deu à luz) umfilho, a quem deram o nome de Keke. Mais tarde, quando o Keke começou a andar, o seu irmão Kito foi passeá-lo pelos montes e aldeias da terra das pessoas e dos animais domésticos. Até começaram a brincar com as crianças. O Kito começou a ter ciúmes do Keke por os meninos da escola brincarem mais com o irmão. Até levaram o Keke à escola deles e apresentaram-no aos professores. O Kito não gostou. Então, o filho mais velho do casal de gorilas foi ficando irrequieto e mal comportado. Mais tarde, quando souberam do problema psíquicodo filho, o pai Jota e a mãe Ju chatearam-se com o Kito e deram-lhe uma lição de moral, impedindo-o de sair de ao pé deles, durante longos meses. A partir daí, voltaram a ser amigos e viveram felizes para sempre, longe da selva longínqua.
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Desenho:
Aldeia com estrada, 1989 “Quelhas” (pintura a lápis de cera e cor)
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O livro da criança
Inspiração do Compositor
Todos nós somos iguais no pensamento, diferentes nas imitações…
João Carlos Veloso Gonçalves “Quelhas”
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Desenhos:
Charlie Chaplin, 1988 “Quelhas” (pintura a lápis de cor)
Policias na reforma, 1978 “Quelhas” (pintura a lápis de cera/marcador)
Polícia discreto, 1988 “Quelhas” (pintura a lápis de cor/marcador)
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Na escola
“No segundo ano de escolaridade, no livro de fichas do ensino básico, no ano de setenta e oito, o aluno José Coelho da Costa tinha uma questão particularmente engraçada, que era a seguinte: – Inventa uma frase sobre ti, o coelho e o cão. E o aluno escreveu: “Eu gostava de ser cão para caçar o coelho e devorá-lo”. O Prof. de Português leu e os colegas riram às gargalhadas. Diz o colega de secretária em jeito de piada: – Então, se ele fosse cão, chamava-se “José Cão da Costa.” Os colegas até choraram de tanto rir...”
“As crianças são a maior proeza!”
“Inspirado num texto escolar.”
in João Carlos Veloso Gonçalves, Inspiração do Compositor, 2006, p. 169.
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Desenho:
No mar até ao limite, 1990 “Quelhas” (pintura a lápis de cera/marcador)
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No mar até ao limite...
“No Verão quente, Para o mar vai gente, Principalmente o Marquito, Todos os dias no seu barquito... Contente! Gritava às gargalhadas, Nas águas geladas... Apanhando luzerna de sol, Por vezes fica um pouco mole... Com um grande vermelhão, Indo ficar num escaldão… Suas roupas e suas botas, Lá no solo de areia ficam, Olhando para as gaivotas, Que mergulhando, peixes picam... Com a pilota a abanar, A Gabi a olhar, A Mãe tirando fotos, E o Pai a filmar... E o dia ia escurecendo, Mal o sol se vê. – Leandro! – Mãe! Que quer você?”
“ Só a noite lhes traz sossego!”
in João Carlos Veloso Gonçalves, Inspiração do Compositor, 2006, p. 66.
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Desenho:
Rosa vermelha, 1991 “Quelhas” (pintura a lápis de cera)
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Foto: Flor
Primavera
“Vem a Primavera com um ar triste e cansado, mas com um ar mansinho, espreitando. Pois o Inverno acabou agora mesmo de findar. As noites frias foram-se embora e vêm os dias amenos e verdejantes. Pois surgem os rebentos das árvores, das fruteiras e das plantas. E não faltam flores de cores várias, entre cravos e rosas vermelhas, amarelas e brancas, de todos os estilos e tamanhos. Os amorescobrindo campos, as giestas e o mato com o branco e o amarelo contrastando na cor. As pétalas, os malmequeres, as orquídeas eas jarras no jardim do vizinho.
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Um ambiente de som e cântico dos passarinhos no espaço, sobrevoando em direcção a um vinhedo, a um pinhal, a um silvedo. O peto negro picando um tronco no quintal, uma poupa enfiando-se num buraco da calçada, um carriço fazendo um ninho num cantinho, uma andorinha pousando num beiral, uma águia em direcção à floresta. Na noite, uma coruja assustando e muitos morcegos sobrevoando. Cheira a Primavera! As pessoas começam a libertar-se da roupa, usando t-shirts finas, calções, chinelos e ténis. Os dias ficam grandes. À medida que eles passam, a vegetação cresce lentamente, escondendo os ninhos e começando a nasceros frutos, gerados lentamente, sem que nos apercebamos. O lavrador semeando milho, batatas, centeio, cebolo, feijão, favas e ervilhas. Primavera é cor e alegria! O rato destruidor roendo, o javali rilhando, o coelho ceifando. O menino caçando borboletas na horta. O pai sulfatando o vinho e deitando pesticida no batatal. A mãe regando o milho, as couves, as cenouras... É Primavera! A verdura, o cântico, o calor, o trabalho… A colheita, em geral, faz desta época um trimestre fascinante decor e alegria, com mais trabalho também, com certeza!
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A fruta da época, os produtos hortícolas, os ramos de flores evários alimentos mais tardios, que são frutos deste tempo detrabalho! Para colher para o S. Miguel, o vinho que nos anseia a sede... Mas, a Primavera para outros são férias, o campo, as amendoeiras em flor, o mar e o lazer, a pesca e a caça, a merenda, o campismo. Daí, cheira a Verão, uma mudança lenta, mas que se entra nela sem nos apercebermos. Porque, na verdade, a Primavera é uma estação do ano estável e serena, com movimentos e cores, alegria e disposição, onde o tempo é saudável, deixando o Inverno e abraçando o Verão.”
“Primavera é Maio, Ano, Aurora, Buganvília, Despontar, Prímula e Juventude!”
“O escritor tem liberdade de pensar…”
in João Carlos Veloso Gonçalves, Inspiração do Compositor, 2006, p.131.
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Desenho.
Inverno, 1988 “Quelhas” (pintura a lápis de cor/marcador)
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Naquela época de Inverno
Observando no ponto mais alto de uma montanha vejo altos e baixos, uma capela numa rocha, uma nascente a sufragar entre pedras de uma cachoeira até ao leito de um rio que desagua numa barragem e dá lugar à saída de um canal que, por sua vez, faz energia eléctrica através de turbinas. As casas em partes mais baixas de cada monte parecendo miniaturas com a sua longevidade, as luzes que brilham no fundo mais parecendo estrelas no céu. Ao anoitecer vi o Sol a rugir e, sem tirar os olhos daquele fenómeno, esconder-se milímetro a milímetro até ficarem nada. As torres eléctricas na encosta piscando constantemente em feitio de estrela cadente, nos pontos mais desamparados do cimo das serras designadas por gamesas eólicas de energia a vento, que dão lugar à mais moderna central de luz eléctrica.
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As pequenas fogueiras transformando-se em cordas de fogo, alastrando lentamente no longínquo da vista, com proporções lastimáveis e de preocupação, devendo-se ao estado do tempo seco e de vento, neste dia da época de Inverno que mais pareciaVerão. Os carros de casais com filhos regressando a casa, os namorados que ficam a sós e em fúria, que embaçam os vidros dos carros a saltitar de pequenos ruídos e gemidos, em linha recta, de trás dos penedos, em qualquer lugar sem olhar a quem. O céu circundando o cume das montanhas que retratava um chapéu redondo e circular acentuado, mais parecendo anteceder zonas vulcânicas. A noite ia passando e a Lua tinha cada vez mais claridade, as estrelas reluziam no céu até que, pouco a pouco, as pessoas iam fluindo sem deixar rasto, que amanhã era outro dia.
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Foto: Porco a comer abóbora e Galinhas
O porco
- Quando está enjoado, vomita. - Quando está gripado, funga o nariz. - Quando está a chorar, limpa as vistas. - Quando está com a bexiga cheia, faz chichi. - Quando está com a garganta inflamada, cospe. - Quando está a ouvir mal, tira a cera dos ouvidos. - Quando está preso dos intestinos, sofre, sofre, sofre e…
Um porco é um animal, O animal é um porco. Qual é porco, afinal? Dos dois, um é torto!
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Desenho:
Luar, 1986 “Quelhas” (pintura a guache)
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Foto: Autor a andar de barco no mar
O meu barquinho de papel
O Manel comprou um jornal, para fazer um barco de papel. Andou um mês a construir, ou seja, vinte e oito dias (28). Sim! Porque acabou noúltimo dia de Fevereiro. Pois guardou o seu barco nolago, ao pé de sua casa, sem ninguém saber. Só mais tarde, no último dia do ano, ou seja, aos trezentos e sessenta e cinco dias (365). Sim! Porque acabou o ano comum. Pois ofereceu o seu barquito de papel à sua namorada que fazia anos, e ela contribuiu com um anel. Então, foram para o barco flutuar, e então abraçar e beijar, começaram a transpirar… O barco de papel começou a molhar. - Ai, meu Deus! - diz o Manel. - O meu barco de papel vai afundar,molhado por fora e por dentro. Tinha que acontecer!
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Ainda por cima, começou a chover! Entristecidos, saíram do barco de papel a correr, indo tomar um café ao bar, mesmo ali ao lado. Depois, então, parou a chuva e voltaram, viram e amuaram. O barco de papel estava a flutuar, e quase a afundar. No ano seguinte, vinte e nove (29) de Fevereiro do ano bissexto, construiu um barco de madeira, para a vida inteira, que o Manel guardou na garagem. E em trinta e um (31) de Dezembro, ofereceu seu barco de madeira à sua namorada que voltava a fazer anos. Contribuiu com outro anel, agradeceu o Manel. Então, foram para o barco flutuar, e abraçar e beijar. Quando deram por ela, estavam em alto mar. Assustados, voltaram para se casar e serem felizes para sempre.
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E o Manel contente. Quem o dizé a namorada,emocionada e feliz. Coerente e corada, enamorada, para subir ao altare ir então casar. A Maria e o Manel iam dar a mão, sair desta confusão. No dedo pôr o anel com muito jeito e dizer: Sim, aceito! A ti te escolhi, e contigo serei feliz. E far-te-ei tudo, tudo que te prometi…
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Desenho:
Natal, 1989 “Quelhas” (pintura lápis de cor e borrona)
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É Natal!
“É Natal, é Natal, é dia de festa, Que belo dia este! Só um dia lindo como este Por ano nos resta... Um dia muito querido E, porém, divertido... É Natal, é Natal, é dia de fantasia, Que bela coisa minha alma contém! Lembro-me das crianças E dos velhinhos também... Oferecendo carinho absoluto, Desde o nascer do Sol Ao aparecer da Lua. Dou meu contributo, E a minha alma será toda tua... É Natal, é Natal, é dia de Ceia, Com a família. Confessam as mágoas da minha alma, Não esquecendo os doentes, Ficando a semana toda mais calma...
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É Natal, é Natal, é dia de consoada e doces, Um dia muito querido, que a todos nos resta... Festejar e divertir, conversar e sorrir, Desde o poente, Entrando noite dentro, E curtir… Menos o familiar daquele doente, Que dá as boas-novas para ele depressa sarar... Todos os outros têm a noite por sua conta, Porque é Natal que se aponta... É Natal, é Natal, é dia de alegria, Só vivem tristes os doentinhos, Que estão quase em agonia… Em contrário, vivem as crianças contentes, Com os seus presentes... É Natal, é Natal, é dia de rir e chorar, Não esquecendo os sãos, Que têm os seus para olhar...
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É Natal, é Natal, é dia de paz e luz.É Natal, é Natal, um dia de muito champanhe. É Natal, é Natal, é dia de bacalhau e peru. É Natal, é Natal, é dia de chorar e rir, É dia de Natal, é dia de família, Por agora me vou despedir. Feliz Natal desejo, E um próspero Ano Novo, Mando um grande beijo, Este “pequeno”, “grande” poeta, Para o meu POVO.”
“Todos os dias são Natal, se nós quisermos!”
in João Carlos Veloso Gonçalves, Inspiração do Compositor, 2006, p. 47.
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Desenho:
Sol poente, 1987 “Quelhas” (pintura a guache/marcador)
Lua crescente, 1986 “Quelhas” (pintura a guache)
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Foto: Autor junto de uma cachoeira
Bom astral
Como todas as noites vou dormir. Como gosto muito de dormir e… Tenho a doença do sono. Sonho, sonhando que não consigo dormir. Então, vou para a janela do meu quarto sentir aquela aragem a deslizar suavemente no meu rosto e ouvir o zumbir do vento no silêncio da noite. Vejo as estrelas e a lua. As estrelas de vez em quando caem no inverso de um foguete a subir, mas sem foguear e sem estoirar, unicamente em silêncio. Sonhando intensamente, estive a ver se via um anjo. Mas não! Só via morcegos e… Nem pelo menos uma coruja! Ao longe ouvia um cão a uivar, um galo a cantarolar e… Já era de madrugada quando dei por ela.
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O relógio despertou e… Eu acordei. Era mesmo de madrugada. O cão a uivar e o galo a cantar, até parecia estar mesmo a sonhar. Mas não! Estava mesmo estremunhado. Levantei, lavei a cara, penteei, coloquei espuma no cabelo, deitei nívea na cara e perfume na camisa. Comecei um novo dia, bem disposto, confesso! Que passei a noite acordado, mas só no sonho! E este era suave e leve, como aquela noite de luar. Pois assim vale a pena sonhar! E levantei, fui tomar um café, sorridente como sempre, brincar com quem me cruzo, e ser eu, somente eu…
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Quadras de Natal
“É Natal, é Natal, É Natal em Belém, É Natal em Portugal, E em todo o Mundo também.
O menino nasceu em Belém, Nasceu tão sozinho, Para nos querer bem, E ser nosso amiguinho.
Nasceu sobre as palhas secas, O nosso DEUS menino, No presépio relembramos, O seu amor divino.
Veio para connosco sofrer, E ser pregado na cruz, O nosso DEUS menino, Tem o nome de Jesus.
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Ele tem uma alma boa, Que nasceu com seu destino, De espinhos é sua coroa, Deste pequeno menino.
O DEUS menino veio ao Mundo, Para fazer caridade, Neste dia profundo, Pregar sua pura verdade.
Este DEUS menino louvado seja, Com a sua forte luz, Também nossa casa festeja, O Natal, lembrando Jesus.”
“A festa de Natal é da FAMÍLIA, é de todos nós!”
in João Carlos Veloso Gonçalves, Inspiração do Compositor, 2006, p. 89.
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Metáforas
Quando quiseres ver metade da terra e metade do mar ao alcance da vista, entra pelo mar dentro ou sai dele e entra novamente na terra. Observa à tua volta! Vê se enxergas a terra e o mar em forma de lua cheia! E a terra só, e a lua só, em forma de meia-lua, crescente ou minguante! Os dois juntos formam o feitio do globo em miniatura… Circular, confuso, com as paredes do céu fosco, poisando em paredes-meias com o mar e a terra poluídos…
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Desenho:
Poluição no rio, 1990 “Quelhas” (pintura a lápis de cera e Borrona)
Rio na aldeia, 1990 “Quelhas”(pintura a lápis de cor e cera)
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O livro da criança
Eu antevejo ou não a utopia do sonho!
Cada criança um Anjo, com o seu sorriso divinal e sua inocência nítida. Não seja ela um Anjo!
João Carlos Veloso Gonçalves (Quelhas)
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Desenho:
Corações – eu, tu e ele! 1991 “Quelhas”(pintura a lápis cera)
Igreja da Goma, 2007 “Quelhas”(pintura a Borrona)
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Foto: Vista paísagistica
Eu antevejo ou não a utopia do sonho!
Todos os dias me deito para lá da hora, seja Primavera, Verão, Outono ou Inverno. Quando caio na cama, num instante adormeço. Tenho que dormir depressa para, no dia seguinte, bem disposto acordar. As noites são grandes, sim! Para quem se deitar com as galinhas… Mas, para mim a noite voa. Por me deitar a meio da mesma noite, pois claro! – Porquê? – perguntas tu. São apenas métodos de vida, que adoptei em contorno da minha ocupação diária. Por isso, tenho mesmo pouco tempo para dormir e sonhar… E tu sonhas?
Sonho é fantasia…
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Pois tenho a certeza que sim! Quem deita cedo como tu, tem muito tempo para sonhar. E quanto mais dormes, mais te apetece dormir. Já eu, não! Tenho pouco tempo para aturar fantasmas, que amanhã é outro dia turbulento. Posso até não me cansar muito fisicamente, mas canso o meu consciente. Agora tu, que deitas cedo e levantas cedo, estás doze horas a dormir. E não te esqueças que, quanto mais dormes, mais te apetece dormir. E eu que me deito ao meio da noite e levanto tarde, acabo por dormir pouco e não ter mesmo tempo para aturar fantasmas. E tu? Sim, tu! Passas as tuas noites fantasmagóricas, o teu espírito solta-se do corpo e voa para o além…Sonhos atrás de sonhos… Conversas com mortos, entras no Céu, ficas à porta no Inferno com medo de entrares. Foges como um louco de quem te quer fazer mal.
Sonho é devaneio…
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Matas cães pela boca. Voas no infinito. Transformas-te em fantasma, etc. E quando acordas estás cansado. Não valeu de nada dormir tanto. Eu, que durmo depressa, acordo leve e pronto para lutar com os problemas do quotidiano, para brincar contigo e com ele, e ser sempre a mesma pessoa divertida, ao contrário de ti. E tu perguntas se eu também sonho!? Claro que sim! Só que pouco tempo. Se durmo pouco, não posso sonhar muito! Sabes bem que, quanto mais dormes, mais te apetece dormir. E mais tempo tens para sonhar… Eu!? Claro, eu! Como durmo pouco, também acordo mais ao longoda noite. Por isso, é mais saudável. Oiço o cantar da coruja, as chiadas dos morcegos, o roer do rato, o canto de um galo, o vento a zumbir…
Sonho é quimera…
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A chuva subtil no telhado. O granizo ensurdecedor. Um camião passando de madrugada. E tu? Só se for em sonho! A não ser que oiças o galo depois de levantar! Pois, se eu durmo pouco, o meu sonho é leve. Se tu dormes muito, o teu sonho é pesado. Aí a diferença saudável em relação à outra que é turbulenta. Mil pessoas, mil sonhos diferentes, uns saudáveis outros fantasmagóricos, outros sobrenaturais… Mas não deixam de ser sonhos surrealistas. Podemos sonhar coisas no obscuro ou coisas no aparente! Podemos mesmo viver coisas do passado, num ente querido! Ou coisas do futuro! Encarnarmos noutras vidas e prevermos o que vai acontecer!Ou até mesmo ver coisas que já passaram antes de termos nascido!
Sonho é ficção…
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Nunca te aconteceu sonhares com algum lugar? E que mais tarde ou mais cedo encontraste esse lugar onde nuncaestiveste? E com algumas pessoas que nunca tenhas visto? E falares com as mesmas pessoas do sonho? Pois isto não é superstição, mas uma realidade prevista na maioriados casos. Pois eu digo com convicção que já me aconteceu: os sítios e as pessoas. Pensa o que quiseres! Até podes dizer que sou louco! Só te posso dizer que, posteriormente ao sonho mesmo tardio, e quando tive o prazer de encontrar ao acaso esse momento e conversar com as pessoas como se já tivesse grande confiança e auto estima, senti-me feliz de viver esse momentoenigmático… Que o conteúdo da conversa não seja de todo interessante. O que interessa é encontrar algo que vi no meu subconsciente…
Sonho é visão…
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Tu, ao contrário de mim, vês coisas não existentes mas, mais tarde encontrarás esse sonho como eu. Hás-de sempre acordar com mau feitio… Pergunta-me então se eu nunca sonhei! Com coisas impossíveis, do outro Mundo, coisas diabólicas ou com a transformação do planeta. Claro que sonho! Mas muito menos que tu, que tenho pouco tempo para dormir. Ao contrário de ti… O certo é que sonho! Mas quase sempre sem me assustar, e quase sempre com a natureza mãe, embora assustador para ti e para a humanidade… Não sei se já acontecera ou se vai mesmo acontecer. Ou se saiu apenas da minha cabeça louca. Não te assustes, que eu vou mesmo ter de contar o que já sonhei algumas vezes. Não sei se estes sonhos têm a ver com alguns filmes, como por exemplo o Titanic, o fenómeno dos asteróides, o eclipse mortal ou a Arca de Noé.
Sonho é ilusão…
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Só sei que sonhei mesmo! E espero, nunca aconteça (o fim do Mundo…) um tornado de vento, que partiu de uma nuvem até alguém, esugou-o sem deixar rasto. Um ciclone que tudo levou à sua frente… Menos eu! Os meteoros que caíram em lagoas e ficaram a arder… As estrelas, a lua e o sol que se tocaram mutuamente e fizeram uma radiação solar, queimando as paisagens, os animais e as aves, sem dó nem piedade… Uma erupção vulcânica que fez um rio de lume até à povoação… Uma nuvem escura que tapa repentinamente o sol e larga pedras de granizo, destroçando tudo o que é envolvente… – Só isso? - perguntas. E tu achas pouco! Espero que seja só em sonho, que na realidade seria penoso demais.
Sonho é utopia…
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Tanto assim, estou a resumir estes mesmos sonhos. Sabes que o ambiente terrestre está em contínua mudança: apoluição atmosférica; a temperatura; a velocidade do vento e odióxido de carbono. Esses poucos sonhos vão ao encontro da realidade. Sinceramente, espero que não aconteça. Não penses que sou psicopata! Ou um médium! O certo é que, nos sonhos tudo é fictício. E nunca me assustei. Apenas acontece mal aos outros, e não a mim, embora já tenha estado aflito! Mas por pouco tempo, sim! Que logo, logo acordo, que tenho pouco tempo para dormir! E tu? Até deves chegar a morrer! – Afinal, dizes que não sonhas e estás a contar teus sonhos! Claro que eu sonho, mas menos que tu! Agora vou contar-te que vivi um dia uma grande mentira, quando estava na casa que me viu nascer.
O sonho é idílio…
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Os caminhos encheram-se de água, em grandes ribeiros, na direcção do rio. Estava luar, as estrelas a brilhar e não chovia. Era de todo impossível entender de onde vinha tanta água por ali abaixo. O certo é que, lá no fundo da freguesia, a barragem enchera até à estrada, deixando algumas casas submersas. Os carros a transitarem, claro, fugindo. E eu acordei aflito e volteia adormecer. Acordava, voltava a dormir e pegava novamente no sonho… Antes, talvez estivesse com a minha mãe e meus irmãos. Depois, estava com minha mulher e minhas filhas, e sempre que acordava sonhava ou pensava como havíamos de fugir: talvez a direito e até ao ponto mais alto. Mas antes de fugir, soltara todos os animais para eles se poderem defender: as ovelhas, os coelhos e as galinhas. E voltava a dormir. Mas havia ali algo que não percebera, nem antes nem agora! É que envolvia sempre uma criança de tenra idade, uma criança recém-nascida, embrulhada numa manta branca.
O sonho é mau feitio…
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Éramos só nós lá em casa, a família. Não se via movimento de pessoas no lugar. Até que me assustei de repente! Uma força imunda de água veio debaixo para cima. Sendo assim,a água andava mais alta que a própria barragem. Tudo levava a crer que, dali para baixo, todos os lugares estavam submersos. Até parecia que o mar tinha vindo por aí acima, embora eu da minha janela não visse. Uma corrente tão forte como se fosse uma barragem que rebentasse, mas em sentido contrário. Não era a nossa barragem, pois a água estava a vir por aí acima e mais alta que o paredão da barragem. Daí a segundos, estava a água exactamente no piso debaixo dacasa; subiu a enxurrada num instante. Toca a acordar a minha família e o suposto bebé, pois a água tinha que parar mesmo ali. E eu continuava sem correr perigo, como sempre. Não sei porquê! Só sei que não corria qualquer perigo nos meus sonhos. Assim valia a pena sonhar! Até pareço um artista de um filme que nunca morre. Voltei a acordar e, claro, fiquei com aquilo em pensamento. – Mas porquê!?
O sonho é turbulência…
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Não te sei responder. Pensas que estava a gostar? Mas não, porque cheguei a ver-me aflito… E voltei a adormecer, peguei no sonho novamente, mas numa fase mais adiantada. Não me lembro de ter fugido, só me lembro quando acordei de planear fugir. E decerto foi isso que aconteceu. O sonho que peguei levou-me ao ponto mais alto do monte da minha aldeia. A água estava já a aproximar-se dos pés, então conversei com minha mulher e minhas filhas para que entrássemos na água delivre vontade, pois assim custava-nos menos a afogar. A tal criança ali já não existia. E eu estava mais tranquilo. Assim foi, começámos a nadar. Não é que a água começou afastar-se num impulso! Acordei novamente em paz. O certo é que voltei a adormecer e, teimosamente, o meu consciente voltou a pegar no sonho. Estavam todos a dormir. Vim à janela e vi, no fundo do lugar, tudo com vida, as luzes acesase a barragem no lugar.
O sonho é alucinação…
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Fiquei contente! E não persisti mais no tal sonho. De manhã, pus-me a pé e verifiquei que, afinal, nem dormi na casa que me viu nascer, mas sim na minha casa actual. Perguntas-me, afinal: – Tu também tens sonhos fantasmagóricos? E ainda dormes poucoe depressa? Sim! Que eu ontem dormi de tarde, fiz uma sesta, e hoje a noite tornou-se longa… Não sei se serão sonhos do Além! Ou se serão apenas um aviso! Que para além da atmosfera, a humanidade está cheia de pecados, e um dia vamos ter o fim do Mundo para qualquer inocente, velhinho ou doente. Não seja aquela criança! Criança que narrei no texto. A não ser este sonho, uma visão da Arca de Noé!Quando eu me deito é para lá da hora e tenho que dormir depressa para não ter sonhos destes. Que eu não me deito com as galinhas, para poder sonhar como tu. A não ser que seja infeliz noutro sonho…
O sonho é surrealismo…
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– Porque é que sonhas sempre com a criança do sonho que nuncaexistiu? Aí a pergunta para muitas respostas. A criança talvez fosse aquele feto (menina) que era para ser o primeiro filho ou talvez aquele feto (menina) que era para ser o último filho, e abortaram. Istotudo por força da circunstância e pelo azar da vida que me ficou no subconsciente sem culpa nenhuma… – Porque é que sonhas sempre com a tua terra, a terra onde nasceste? Aí a pergunta para muitas respostas. Pois, digo e afirmo que todas as pessoas, principalmente os nossos queridos emigrantes, um dia, quando regressarem, querem ir para a sua terra Natal, com que toda a vida sonharam, assim como eu. – Porque é que sonhamos com a nossa terra? pergunto eu. É porque queremos um dia voltar! A questão de nunca esquecermos a nossa terra e vermo-la em diversas formas imaginárias, é pelo facto de termos e querer mosmatar saudades da pátria.
Eu sonho… Tu sonhas… Ele sonha… Nós sonhamos… Vós sonhais… Eles sonham…
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São apenas sonhos, Todas as minhas noites, Vivo-as interiormente, Para que me afoites… Se no dia seguinte acordei, E relembrei um sonho, Vivo o dia-a-dia eternamente, E contigo sempre sonharei… Na minha terra sonho contigo, E comigo vivo a sonhar, Sejas feliz além amigo, Adoro-te e hei-de adorar… Nos meus sonhos há fantasia, E também muita verdade, Vivo-os com alegria, Para uma eternidade… Eu antevejo ou não a utopia do sonho! Assustador, triste ou risonho, Na verdade, na crítica ou na ilusão. Relembro, sim, um ente querido no coração... Todos nós sonhamos acordados ou a dormir, Ressonamos, não digas não que estás a mentir, Que a utopia do sonho é magia em si a fluir… Para sonhares basta teres alma!
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Pinturas & textos
Desenho:
Abstracto, 1990 “Quelhas” (pintura a caneta)
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Desenho:
Torres gémeas: abstracto em xadrez, 1998 (Quelhas) (pintura a caneta)
Em mil novecentos e noventa e oito nada fazia prever a catástrofe das torres gémeas, na América. O facto é que, mais tarde, aconteceu. O autor desenhou, não sabendo se foi intuição ou coincidência.
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Desenho:
Amor, 1984 (Quelhas) (pintura a marcador)“
O amor não é só um simples gesto, nem duas de conversa. O amor é ser capaz de ter alegria com a alegria do outro. É esse o segredo da felicidade. Amar é ter boas palavras para dar e receber. Não é só estar junto dele ou dela e trocar meia dúzia de beijos,ou até mesmo ter relações sexuais. Pois quando se ama dói cá dentro. Sofrer nem sempre é de amar, mas amar é sempre sofrer…”
in João Carlos Veloso Gonçalves, Inspiração do Compositor, 206, p. 127.
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Desenho:
Arco-íris, 1986 (Quelhas) (pintura a guache)
O arco-íris é um fenómeno natural que separa a luz do Sol, e temsete cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta. O meu desenho abstracto do arco-íris, em pintura de guache, relatagotas de água no ar e a luz do Sol a brilhar a baixa altitude.
83
Desenho:
Cemitério, 1987 (Quelhas) (pintura a lápis de cor)
O cemitério abstracto, escuro como a própria noite, negro comoa própria morte, mas só para os mortos!
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Desenho:
Entrudo, 1990 (Quelhas) (pintura a lápis de cor)
“Na minha Póvoa, no Carnaval da criança, não há dança, mas fica na lembrança… Os jardins infantis e o lar da terceira idade, encanto e alegria com vaidade de verdade… As escolas enfeitadas com gosto,os velhotes no suposto, com tinta no rosto… E com um sorriso nos lábios, um popular, sem falar e indo a tropeçar… Alguns conjuntos de mascarados, fazendo palhaçadas aí por todos os lados…”
in João Carlos Veloso Gonçalves, Inspiração do Compositor, 2006, p. 41.
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Desenho:
Globo, 1987 (Quelhas) (pintura a lápis de cera)
· “O Mundo pode ser uma bola que gira vinte e quatro horas por dia e que nos põe a cabeça a andar à roda deincertezas... · O Mundo pode ser uma bola que acaba onde começa... · O Mundo pode ser um computador que calcula e,através da Internet, põe em sintonia todo o Mundo... · O Mundo que você conhece é o nosso Mundo; pode ser oque você quiser e esteja no imaginário...”
in João Carlos Veloso Gonçalves, Inspiração do Compositor, capa, 2006.
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Desenho:
Outono, 1988 (Quelhas) (pintura a lápis de cera)
O Outono vem vindo, as folhas vão caindo, e o Inverno está àporta para depois ir abraçar a Primavera que antecede o Verão eas férias grandes da escola, para te deliciares com a Mãe Natureza.
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Desenho:
Paz e amor na praia, 1988 (Quelhas) (pintura a marcador e lápis)
“E o amor é tão bonito... Quando me lembro, nem acredito!” Sonhando na praia, vendo-nos em forma de coração, livres como gaivotas voando no espaço.
in João Carlos Veloso Gonçalves, Inspiração do Compositor, 2006, p. 71.
88
Desenho:
Ponte, 1986 (Quelhas) (pintura a lápis de cera)
A ponte sobre o rio. A água saltitando nas pedras. O azul do céu. O verde contrastando na Primavera.
89
Desenho:
Eclipse da Lua, 1986 (Quelhas) (pintura a guache)
O eclipse da Lua é quando a Terra está precisamente entre o Sole a Lua. A Terra tem forma esférica e, quando é Lua cheia, projecta a suasombra sobre a Lua, tapando-a da nossa vista e ficando aatmosfera escura…
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Desenho:
Ponte, 1986 (Quelhas) (pintura a guache)
Uma ponte é passagem para outra margem, onde se pode pescar peixe desde que haja rio. De preferência, quando as plantas florirem e o azul do céu contrastar com a água límpida, vendo as nuvens no seu próprio espelho de magia. A atmosfera, nestas condições, é convidativa para as famílias e grupos de amigos fazerem piqueniques, levantando cedo e regressando tardiamente a casa…
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Desenho:
Casa no campo, 1989 (Quelhas) (pintura a lápis de cor e cera)
O imaginário da minha casa no campo. O azul do céu contrastando com o verde da paisagem, no sucumbirdo dia, aproximando-se da noite estrelada e de luar.
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Desenho:
Palmeira no lago, 1988 (Quelhas) (pintura a lápis de cera e cor)
A natureza é bela, se olhares por ela! Se tiveres a liberdade de voar como um passarinho, de seres transparente como a água do lago e viçoso como o verde da Natureza Mãe.
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O livro da criança
Colaboração
O amor é a mentira da verdade…
João Carlos Veloso Gonçalves “Quelhas”
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Foto: Ângela, colaboradora

Imagenes para tu hi5 y myspace

O mocho (texto manuscrito)

Imagenes para tu hi5 y myspace

Ângela Ermelinda Tinoco Gonçalves – 10 anos – filha

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Foto e texto: Ângela, colaboradora (falta Foto)

Barco grande de papel

“Era uma vez um homem e a sua filha, que se chamavam Dino e Susana. Tiveram um diálogo e acordaram ir dar um passeio. No dia seguinte, o Dino foi à pesca com a Susana e encontrou umbarco de papel. Mas, este era muito grande… Uns minutos depois, o Dino e a Susana decidiram entrar no barco, e logo se começou a afundar. Eles ficaram assustados! Uns minutos depois, deram um mergulho e começaram a nadar no rio até à margem. Regressaram a casa e decidiram fazer um barco de madeira, que assim não se afundava. E podiam até passear, talvez até ir pescar, e quem sabe a família levar, fazer um piquenique no mar!”

“Olá! Eu sou a Ângela, e quero convidar-te a escrever e as tuas histórias narrares, fazeres uns contos com desenho, seres uma estrela e amares, participar, n’O livro da criança com empenho, seres louco e seres poeta, famoso e aprovares…”

Ângela Ermelinda Tinoco Gonçalves 10 Anos

in João Carlos Veloso Gonçalves, Inspiração do Compositor, 2006, p. 240.

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Desenho: Bárbara, colaboradora

O coração do Minho é D'ouro

Bárbara Raquel Tinoco Gonçalves – 16 anos – filha

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Foto e texto: Bárbara, colaboradora

Imagenes para tu hi5 y myspace

A Anita e o João

“Uma vez, a Anita e o João foram comer juntos e combinaram ir, no dia seguinte, a uma exposição. No dia seguinte, o João e a Anita foram então à exposição. Eles viram uma lagartinha de plástico e, de repente, ela começou a falar coisas que não se percebiam nada. Então, eles não ligaram e pensaram que era uma simples partida para a TV. Mais à frente, estava um vaso com uma flor e disse: – Oi, vocês gostam da exposição? Então, olharam um para o outro e viram que era para a TV.

– Ó Anita, vamos embora que já estou farto de estar aqui! – Não, vamos ver aquele candeeiro. É tão bonito! – Está bem… Então, foram ver o candeeiro e ele disse: – Ouvi dizer que vocês não acreditavam. Mas é verdade, pois nós mexemos e falamos… – Oh! Afinal é verdade, João! Só que é em fantasia. E nós aqui hipnotizados… Foram para casa e, no dia seguinte, contaram aos amigos. Porém, eles riram-se do exposto e foram ver se era verdade. Assim, foi um sucesso para a exposição.”

“Olá! Eu sou a Bárbara, e quero convidar-te a inventar uma história, verdadeira ou falsa. Tens todo o direito de te expressar, seres poeta ou seres louco e andar na valsa. E fazermos todos juntos O livro da criança, para quando formos velhinhos, recordar a nossa infância…”

Bárbara Raquel Tinoco Gonçalves – 16 anos

in João Carlos Veloso Gonçalves, Inspiração do Compositor, 2006, p. 240.

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Desenho: M.a do Céu, colaboradora

Foto: Escola EB1 de Garfe

Maria do Céu Leite da Silva – 4.º Ano – EB1 Garfe

Sessão de leitura a três

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Texto: Bruna, colaboradora

O escritor João Carlos na EB1 de Garfe (texto manuscrito)

Imagenes para tu hi5 y myspace

Foto: Escola EB1 de Garfe (falta Foto)

A Bruna Martins é a 3ª menina da esquerda

Meninos do infantário, primeira, segunda, terceira e quarta classes

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Desenho: Joana, colaboradora

Foto: EB1 de Garfe

Joana Catarina Moreira dos Santos (1ª da direita) – 1º ano – EB1 Garfe

Silêncio na sala de aulas

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Texto: M.a do Céu, colaboradora

O meu sonho (falta texto)

Foto: Escola EB1 de Garfe

Maria do Céu Leite da Silva – 4º Ano – EB1 Garfe

A menina que quer ser escritora, lê para os colegas

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Desenho: Juliana, colaboradora

Foto: EB1 de Garfe

A Juliana Catarina é a menina da esquina/fundo, Vermelho e Branco O autor (Quelhas), esquerda – O convidado do autor (Domingos Ferreira), direita

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Texto: Rafael, colaborador

As crianças devem ler (falta texto)

Foto: Escola EB de Garfe

O Rafael é o menino da esquerda – 2.º Ano – EB 1 Garfe

O autor presenciando uma sessão de leitura

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Desenho: Rodrigo, colaborador

Imagenes para tu hi5 y myspace

Rodrigo Ribeiro Oliveira – 4.º Ano – EB1 Sobradelo da Goma

105

Texto: Rodrigo, colaborador (texto manuscrito)

Dia 1 de junho veio 1 poeta à nossa escola de Sobradelo da Goma

Imagenes para tu hi5 y myspace

Foto: Escola EB1 de Sobradelo da Goma

Rodrigo Ribeiro Oliveira – 4.º Ano – EB1 Sobradelo da Goma

As educadoras com os meninos do infantário, em Sobradelo da Goma.

106

Desenho: Ricardo, colaborador

Imagenes para tu hi5 y myspace

Ricardo Manuel Oliveira da Silva – 3.º Ano – EB1 Sobradelo da Goma

107

Texto: Tiago, colaborador

Dia mundial da criança (texto manuscrito)

Imagenes para tu hi5 y myspace

Foto: Escola EB1 de Sobradelo da Goma

Tiago Daniel Gonçalves Vieira – 4.º Ano – EB1 Sobradelo da Goma

O autor com os meninos do infantário, em Sobradelo da Goma.

108

Desenho:

Eu próprio, 1988 “Quelhas” (pintura a lápis)

109

“Um dia, irei fazer tudo para que se juntem todos os artistaspovoenses, do pintor ao poeta e ao jornalista, fazer umaassociação para divulgar as nossas inspirações que estão, de certomodo, esquecidas no tempo.”

in João Carlos Veloso Gonçalves, Inspiração do Compositor, 2006, p. 247.

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OBRAS A EDITAR:

“Contos & Memórias – Sons que causam silêncio na história – O meu Curriculum Vitae – Momentos gloriosos do autor`QUELHAS´”

“Terra das Marias (da Fonte) – O Castelo de Lanhoso – O Concelho de Póvoa de Lanhoso e suas freguesias”

“O Coração do Minho é D’Ouro,Sobre o Minho em geral”

“O Sargento: Joaquim Gonçalves (O Sargento Quelhas)Na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) até 1923”

“A obra, a vida e a morte do irmão (Frade Capuchinho)Na terra de ninguém”

Nota:

Todos estes temas estão em pesquisa, Quer a nível de escrita, Com rascunhos de história, Assim como testemunhos vivos, E todos eles em fase adiantada…

Qualquer um destes livros têm prioridade, Sai em primeiro lugar aquele que se proporciona…

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FICHA TÉCNICA:

TÍTULO ORIGINAL – O livro da criança

Edição de autor

COMPOSIÇÃO – PAGINAÇÃO – COORDENAÇÃO TÉCNICA CAPA – IMAGENS – DESENHOS – PINTURAS

João Carlos Veloso Gonçalves

COLABORAÇÃO – Barbara Raquel & Ângela Ermelinda Eb1 de Garfe – EB1 de Sobradelo da Goma

CORRECÇÃO ORTOGRÁFICA José Correlo “Professor de Português”

ANÁLISE E CRÍTICA Domingos Ferreira “Escritor/Pintor Digital”

PREFÁCIO Maria Amélia Fernandes “Escritora/Poetiza”

APOIO PRINCIPAL

INOVALAR – Loja dos Enxovais

loja.inovalar@gmail.com

IMPRESSÃO TIPOGRÁFICA – Graficamares, Lda.

DEPÓSITO LEGAL : 267206/7

MORADA – Rua Comandante Luís Pinto da Silva, n.º 199 – 4/A 4830 -535 – Póvoa de Lanhoso – Braga – Portugal - Breitensteinstrasse 29, Zürich, Suíça

CONTACTOS DO AUTOR – Tlm 0041 763445071

inspiracaodoautor@sapo.pt

O AUTOR: João Carlos Veloso Gonçalves

NOME ARTÍSTICO & ALCUNHA – (Quelhas)

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Patrocínios:

27 das 29 Juntas de freguesia da Póvoa de Lanhoso (Falta brasões)

Um Brasão de localidade é: Escudo, Armas, Insígnia, Emblema, Timbre. Identificação.

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Patrocínios:

27 das 29 Juntas de freguesia da Póvoa de Lanhoso (Falta brasões)

Águas Santas Ajude Brunhais Calvos Campos Covelas Esperança Ferreiros Fonte Arcada Frades Friande Galegos Garfe Geraz do Minho Lanhoso Louredo Monsul Moure Oliveira Póvoa de Lanhoso Rendufinho Santo Emilião São João de Rei Serzedelo Sobradelo da Goma Taíde Travassos Verim Vilela

Colaboração das freguesias do concelho da Póvoa de Lanhoso, no projecto “O livro da criança”

114

PATROCINIOS:

Sporting de Zürich - LusoLivro - Transportes Martins - Amadeu Silva, Móveis e Electrodomésticos - Foto Pitães - Matos Vieira, Construções - Agro Pires, Cruzeiro, Fontarcada, Mirão, P. Lanhoso - Automóveis M. Sacramento,Frente Intermarché, P.V.L. - Baptista & Soares, Lda. Confecções Têxteis, Taíde - Café Cine Convívio, Fura, Av. Rép. P. Lanhoso - Café Doce Póvoa, Dª Alice, Rua 25 Abril, P.V.L. - Casa Fernandes, Mat. Eléctrico, R. 25 Abril, P.V.L. - Combustíveis Fontarcada, LDA, Carlos Rufino, P.V.L. - Contabilidade Alvarina & Henrique, Póvoa de Lanhoso - Discoteca Lagar´s, Amares, Braga http://www.lagares.com/ - Escavações LIMA, Sobradelo da Goma, P. Lanhoso - Escola EB 2, 3 Prof. Gonçalo Sampaio, P. Lanhoso - Escola EB 2,3 de Porto D´Ave, Taíde, P. Lanhoso - Escola Secundária da Póvoa de Lanhoso, P. Lanhoso - Mafcar Confecções, Ponte Pereiros, Póvoa Lanhoso - Moura Silva & Filhos, S.A. Cimo de Vila, Taíde, PVL - Óptica 1, P.V.L., V. Minho, Taipas, Cab. Basto - Pastelaria Tozé, Neuves Maisons, P. de Lanhoso - Póvoa Filtros, Mecânica Geral, Mirão, P. Lanhoso - Salão de Cabeleireiro, Largo Barb. & Castro 116, P.V.L. Domingos A. Fernandes - INOVALAR – Loja dos Enxovais – Utilidades Domésticas – Decoração – Cortinas – Loiça – loja.inovalar@gmail.com

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Índice…

005 - APRESENTAÇÂO – Um livro é uma cultura artística 006 - Alírio do Vale – In. Dinis Arão – novela 007 - Zé Correlo – Professor de Português – Correcção Ortográfica 008 - António Veloso – In. Sobreviver Sem Perder a Esperança 009 - Domingos M. S. Ferreira – Escritor/Pintor Digital – Análise e Crítica 010 - Quelhas – Um livro é um conhecimento que fica aquém 011 - Maria Amélia F. Fernandes – Escritora/Poetiza – Prefácio de autor 012 - Sem leitores nenhum autor tem sucesso 013 - Incentivo 014 - As crianças são como os rebentos 015 - A fantasia é da criança que crê 016 - Hoje em dia qualquer pessoa leiga faz um livro 017 - Apresentação 019 - SELVA LONGÍNQUA – Um dia quando morrer hei-de… 020 - Pintura 1 – Aldeia no campo 021 - Selva Longínqua 034 - Pintura 2 – Aldeia com estrada 035 - INSPIRAÇÃO DO COMPOSITOR – Todos nós somos iguais… 036 – Pinturas – Personagens 037 - Na Escola 038 - Pintura 3 – No mar até ao limite 039 - No mar até ao limite 040 - Pintura 4 – Rosa Vermelha 041 - Primavera 044 - Pintura 5 – Inverno 045 - Naquela época de Inverno 047 - O Porco 048 - Pintura 6 – Luar 049 - O meu barquinho de papel 052 - Pintura 7 – Natal 053 - É Natal 056 - Pintura 8 – Sol Poente e lua Crescente 057 - Bom astral 059 - Quadras de Natal 061 - Metáforas 062 - Pinturas - Rio na aldeia – poluição no rio 063 - EU ANTEVEJO, OU NÃO, A UTOPIA DO SONHO – Cada criança um Anjo

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064 - Pintura 9 – Coração – Igreja da Goma 065 - Eu antevejo ou não a utopia do sonho 079 - PINTURAS & TEXTOS – Abstracto 080 - Abstracto – Torres gémeas 98 – PINTURA 081 - Amor – PINTURA 082 - Arco-íris – PINTURA 083 - Cemitério – PINTURA 084 - Entrudo – PINTURA 085 - Globo – PINTURA 086 - Outono – PINTURA 087 - Paz e amor na praia – PINTURA 088 - Ponte cera – PINTURA 089 - Eclipse da Lua – PINTURA 090 - Ponte guache – PINTURA 091 - Casa no Campo – PINTURA 092 - Palmeira no Lago – PINTURA 093 - COLABORAÇÃO – O amor é a mentira da verdade 094 - O Mocho - Ângela Ermelinda 095 - Barco grande de papel - Ângela Ermelinda 096 - O coração do Minho – PINTURA - Bárbara Raquel 097 - A Anita e o João - Bárbara Raquel 098 - EB 1 Garfe – Maria do Céu – DESENHO – FOTO 099 - EB 1 Garfe – Bruna – TEXTO – FOTO 100 - EB 1 Garfe – Joana Catarina – DESENHO – FOTO 101 - EB 1 Garfe – Maria do Céu – TEXTO – FOTO 102 - EB 1 Garfe – Juliana Catarina – DESENHO – FOTO 103 - EB 1 Garfe – Rafael – TEXTO – FOTO 104 - EB 1 S. Goma – Rodrigo – DESENHO 105 - EB 1 S. Goma – Rodrigo – TEXTO – FOTO 106 - EB 1 S. Goma – Ricardo – DESENHO 107 - EB 1 S. Goma – Tiago – TEXTO – FOTO 108 - Pintura do artista – Quelhas – eu próprio 109 - Um dia irei fazer tudo 110 - Obras a editar 111 - Ficha técnica 112 - Brasões 114 - Colaboração

117 - Agradecimentos

Agradecimentos

- Este livro é dedicado de coração às minhas filhas que amo muito: Bárbara Raquel, “a minha boneca de porcelana” & Ângela Ermelinda, “o meu bébé de chocolate.”

- Para além das minhas filhas, dedico de corpo e alma à minha cara-metade (Rosa) e a todos aqueles que estiveram no meu projecto, directa ou indirectamente. Eles sabem quem são!

- Agradeço aos pais, meninos e docentes da escola EB1 de Garfe, terra onde tenho uma costela.

- Agradeço aos pais, meninos e docentes da escola EB1 de Sobradelo da Goma, terra onde tenho outra costela.

Para quem, no futuro próximo, me louvar, a todos sem excepção, fica aqui anotado com antecedência, um muito obrigado, e lhes dedico este livro mesmo de coração.

João Carlos Veloso Gonçalves (Quelhas)

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Foto: Escola EB1 de Sobradelo da Goma

Imagenes para tu hi5 y myspace

EB 1 – Sobradelo da Goma, no Dia Mundial da Criança

119

120

FIM

Capa trás

4 comentários:

Anónimo disse...

Gostei do que vi e li, este espaço está a maravilhar-me, tem sofrido modificações, tb não estava concluído!!! Os textos estão muito lindos,sei que ainda faltam texstos, porquê?
Gostaria de ver as fotos e os desenhos que referem... Gostava também de participar num livro, mas já não ando na escola. Bom sucesso para o escritor e obrgado à Ângela por partilhar este espaço com os leitores. Bjnho.

Isac Alfeiat disse...

Cada livro
Cada momento
Este é um momento lindo
Unico
Literário
De coragem
Fantasiado na inocência
Hajam mais livros virtuais
Para aprendermos com eles
Ou pelo menos termos habitos de leitura
Nem que seja em histórias no faz de conta
Interessante
Objectivo
Diferente

Revista Reporter X Editora Schweiz Oficial disse...

O mundo poderia ser melhor

Quem me dera ser aquilo que tu és!
E, quem te dera ser aquilo que eu sou!
Nesse sentido, talvez, fossemos;
Mais sábios e menos ignorantes,
Mais humildes e menos brutos,
Mais amigo do teu amigo,
E, e menos destruidor de ilusões.
Se de facto pudéssemos juntar as nossas qualidades,
O mundo iria viver melhor…
Se eu soubesse o que tu sabes!
E, tu soubesses o que eu sei!
Nunca jamais;
Descobríamos os nossos defeitos.
Uma vez que não é possível!
Podíamos ser mais unidos,
E, a hipocrisia dava lugar a um bom senso.

"Quelhas" autor dos pobres.


Por favor entre neste LINK: http://w0.mail.sapo.pt/imp/message.php?mailbox=INBOX.Rascunhos&index=424

Unknown disse...

parabéns garotada sucesso vcs e os professores fiz um grande trabalho . Nivaldo J G 17/06/2013